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Fusão entre Praxair e Linde cria maior companhia de gases industriais do mundo

Postado em 01/2017

img_817x460$2016_08_16_09_47_47_292398As duas empresas chegaram a um acordo esta terça-feira, 20 de Dezembro, sobre a compra da Linde AG pela Praxair. Espera-se que a aquisição de 33,9 mil milhões de euros resulte em poupanças anuais de mil milhões de dólares (957 milhões de euros).

A norte-americana Praxair comprou a empresa alemã Linde AG, após uma tentativa de negócio falhada há três meses. Em causa estiveram preocupações relacionadas com a perda de postos de trabalho da Alemanha.

Após a tentativa de junção das duas empresas, o director financeiro da Linde, Georg Denoke, foi retirado do seu cargo, pelo seu papel na falha das negociações. Também o presidente Wolfgang Buechele foi demitido, sendo substituído por Aldo Belloni.

 

Será criada uma nova empresa que efectuará a compra da Linde, que será detida em partes iguais pelos accionistas das duas companhias e liderará o mercado mundial de fornecimento de gases industriais. Os accionistas da Linde receberão acções da empresa no valor de cerca de 182,66 euros cada uma, cerca de 31% superior ao estipulado nas negociações de Agosto.

 

Para além da poupança anual, a fusão das duas empresas visa fazer frente a um mercado onde a procura de ferro, petróleo e gás natural tem vindo a cair. A Bloomberg refere que as empresas do sector têm vindo a procurar novas fontes de receitas no ramo dos gases para fins medicinais.

 

Os mercados respondem de forma negativa à nova estratégias das duas empresas. Na bolsa de Nova Iorque, as acções da Praxair caem 4,52% para os 117,44 dólares. Já na Alemanha as acções da Linde desvalorizam 3% para os 158,15 euros.

 

A mesma fonte aponta, porém, para possíveis dificuldades na área da concorrência. Num contexto em que a Air Liquide SA adquiriu recentemente a Airgas Inc. por 13 mil milhões de dólares em Maio, uma nova concentração no sector poderá ser “extremamente complexo”, afirmou Fabienne Lecorvaisier, directora financeira da Air Liquide, no passado mês de Setembro.

 

Durante as negociações, a Praxair e a Linde consideraram potenciais desinvestimentos para não alarmar as autoridades de concorrência, afirma fonte próxima da negociação à Bloomberg. Entre as considerações foi realçada a venda de operações de produção de gás em mercados locais.

Fonte: Jornal de Negócios